terça-feira, 15 de junho de 2010
Quando nos dedicamos, com o coração, à busca do autoconhecimento, é inevitável que chegue um instante em que algumas mentiras que contávamos para nós mesmos passem a não funcionar mais. Os disfarces até então utilizados para fortalecer o nosso autoengano já não nos servem. Inábeis com a paisagem aos poucos revelada, às vezes ainda tentamos nos apegar a alguma coisa que possa encobrir a nossa lucidez, embaraçados que costumamos ser com as novidades, por mais libertadoras que sejam. É em vão. Impossível devolver a linha ao novelo depois que a consciência já teceu novos caminhos. Existem portas que se desmancham após serem atravessadas, como sonhos que se dissolvem ao acordarmos. Não há como retornar ao lugar onde a nossa vida dormia antes de cruzá-las. Da estreiteza à expansão.
Da semente à flor. Do casulo às asas, ensinam as borboletas.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Sim, eu conseguia fazer-te sonhar com a lua descalça a teus pés...
E podia espremer todas as amarguras da tua memória para nunca mais voltarem.
Eu podia fazer tudo isto e muito mais... durante uma vida inteira e para além dela.
Eu podia fazer tanto em tão pouco tempo...
Eu podia, mas não quero.
E este verbo da 2ªconjugação, sendo transitivo, implica um complemento.
E, seja ele directo ou indirecto, não te exclui, mas também não te inclui...
Eu podia dar-te tanto ou tão pouco...
Eu podia conjugar-te em todos os tempos verbais e todos os verbos da tua vida.
No Futuro.
No Pretérito mais-que-perfeito.
E, inevitavelmente, no Infinitivo...
domingo, 13 de junho de 2010
Tá doendo?!? Então, solta!
Rosana Braga!
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz